O que nos inspira. 

Essencialmente é a família, tudo que nos fazer crer que a vida precisa de um proposito. Por aqui, nessa vida, vamos precisar um do outro, vamos precisar do amor, do carinho, da atenção. Existem momentos que tudo isso parece distante, mas quase sempre quem está do nosso lado é a Família, e quando dizemos Família, queremos dizer seres humanos, pessoas que nos ajudam quando muitas vezes nem sabemos que precisamos. 

Assim é o mundo em que vivemos aqui na Galeria do Rock, nossa loja foi criada pela Rute e o Toninho hoje o Marcone e o Glauber ajudam a dar continuidade nesse legado e assim é o nosso dia a dia que de cliente a cliente vamos conhecendo histórias, fazendo amigos e principalmente ajudando as pessoas a se completar. Gostamos muito de dizer que não vendemos produtos, nós mostramos fragmentos das pessoas para elas mesmas, quando você escolhe algo em nossa loja, você está escolhendo algo de você. Isso talvez explique aquele momento de indecisão ou até mesmo quando buscamos coisas e mais coisas para de certa forma nos completar. É ai que devemos ter cuidado, pois o que nós preenche são coisas, são historias, são pessoas e é principalmente o contato humano. Aqui estamos de segunda a sábado justamente preparados para isso, lhe mostrar parte de você que talvez você mesmo encontre em nossos expositores e em nossos balcões enquanto trocamos ideias, historias e sorrisos. 

Aqui você é acolhido bem-vindo, ajudado e as vezes até compra alguma coisa. 

Seja bem-vindo.

 

A Galeria do Rock.

A energia que se instalou neste espaço nos últimos anos tem justificativa desde o início desse projeto que hoje se transformou na Galeria do Rock. Foi na década de 50 que Maria Bardelli, Siffredi e Beijamin Citron se uniram para criar o projeto que ofereceria espaços comerciais para o Centro de São Paulo. No texto que anuncia o projeto publicado no Jornal Estado de São Paulo em 1960 dizia: “O maior centro comercial de São Paulo”… (...)Concepção arquitetônica inteiramente nova”…(...)Grandiosas ruas cobertas, materiais e detalhes construtivos de alta categoria”.

O resultado disso foi o maior sucesso de vendas da cidade na época. Investidores e empresários arremataram as unidades em um único dia. As curvas e vãos criados por Maria Bardelli convidam e quase “sugam” os transeuntes a entrar no prédio através de seus corredores iluminados, que rasgava-se em luz natural durante todo o dia, aproximando as pessoas das vitrines, criando um bem estar pouco comum na região central de São Paulo. E a todos que passavam por aqui ofereceu-se um passeio artístico feito por Bramante Buffoni, que criou os mosaicos dos pisos de cada andar, e o curioso painel central no piso térreo, representando mulheres de quatro etnias diferentes. Será que Buffoni, através de sua sensibilidade artística, já sabia que aqui se instalaria toda a diversidade que vive em nossos corredores hoje?

A vanguarda de ser um projeto desenhado por uma mulher e ter um painel de ode ao feminino em seus corredores, além de todas as curvas postas em sua arquitetura, nos coloca em um local que reconhece a mulher e o humano que existe em todos nós, independente de sua cor, gênero, gosto. Enfim, não é à toa que todos que caminham por aqui se sentem bem.

Resgatar essa energia foi o papel que Antonio de Souza Neto assumiu quando iniciou sua administração do condomínio em 1993. Nessa época, o prédio tinha pouco mais de 50 lojas ocupadas, já existia uma ordem de interdição da prefeitura e a violência tomava conta dos corredores. Aqui existiam mais de 15 pontos de tráfico de drogas, as sedes das maiores torcidas organizadas e constantes conflitos de tribos.

Naquela época já estava instalada aqui toda a gênesis da cultura Black no piso subsolo, oriunda da Capela Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, os cabeleireiros e lojas de disco que vendiam, inclusive, ingressos para os Bailes Black no Palmeiras e Juventus. Junto a isso, algumas poucas lojas de disco de rock recentemente tinham se instalado nos pisos superiores, primeiro e segundo andar. É importante lembrar que a antiga gestão havia proibido que “esses grupos” montassem lojas com esse “perfil” na Galeria, pois acreditavam que esse público era responsável pela degradação do prédio.

Com a importante e fundamental ajuda de um grupo de condôminos, “Toninho da Galeria”, como ficou conhecido, iniciou um projeto baseado na felicidade, no coletivo, buscando referências em sua vida pessoal e na psicologia positiva, Toninho iniciou seu trabalho readequando o espaço que estava totalmente deteriorado sem nenhuma reforma estrutural desde sua inauguração. Com muita dificuldade iniciou o projeto de reformas elétrica e hidráulica do prédio, assim como a adequação às exigências da prefeitura e do corpo de bombeiros. Todo esse trabalho foi feito com muita luta, enquanto em paralelo, foi buscar um propósito e função para o condomínio.

Percebendo a força cultural que já existia nos corredores da Galeria, Toninho permitiu assim que se montassem lojas do gênero “underground”, dando de forma pioneira no Brasil, uma conotação cultural a um espaço estritamente comercial. Foi assim que se iniciou o resgate daquela energia colocada no projeto inicial. A busca por propósito e felicidade transformou a Galeria do Rock em um local em que culturas diversas vivem em coletivo e se respeitam mutuamente, além de aprenderem umas com as outras.

Outros pioneirismos se iniciaram aqui, alguns dos mais importantes é que fomos, o primeiro Case de Economia Criativa, Economia Familiar e Economia Social da Cidade de São Paulo, e talvez do Brasil. E como consequências do acolhimento das mais incríveis culturas, a primeira Skate Shop, a primeira loja de moda Rock, a primeira Sneaker Store, a primeira loja de Grafit, o primeiro salão de cabeleireiros afro, e enfim, tantos projetos e alegrias se iniciaram aqui, ofertas que supriam a demanda social e cultural que a cidade exigia, sempre de forma leve e gerando renda para milhares de famílias.

Hoje o prédio tem todas as certificações necessárias e exigidas pelos órgãos municipais, estaduais e federais. Toda a parte elétrica foi trocada por cabeamento novo, que também obedecem toda a certificação nacional e internacional. Trocamos duas escadas rolantes e os dois elevadores que são completamente novos e com sistema que gera energia através da frenagem de sua cabine armazenada em uma bateria que devolve a rede elétrica do prédio. Temos sistema de sprinkler em cobre por todo o prédio para prevenir incêndios. Além disso, em busca da eficiência energética, instalamos painéis de energia fotovoltaica na cobertura do prédio, alcançando a marca de cerca de 10% da energia comum do prédio vem de energia limpa e estamos substituindo todas as lâmpadas da área comum por led.

A Galeria do Rock é um sonho que se tornou realidade, atitude rock n’ roll e felicidade, um local que reúne milhares de pessoas por dia, das mais diversas vertentes culturais em paz e harmonia.